Identificada como sendo uma planta pertencente à família das Lolanaceas, o manacá é originalmente brasileiro. Suas propriedades medicinais são extraídas a partir do emprego das folhas no conhecimento curativo popular, herdado da população indígena e ribeirinha há centenas de anos.
O manacá é uma árvore de pequeno porte, podendo chegar a até oito metros de altura. As folhas dessa planta são de formato ovalado, já o cálice é tubuloso, campanulado e os ramos possuem medula amarela. O fruto é uma cápsula semilenhosa com inúmeras sementes.
Dependendo do local onde é encontrada, a manacá pode ser conhecida por vários outros nomes. Entre os mais comuns, destaque para mercúrio-vegetal, jeratacá, jeratacaca, cangambá, caá-gamba, eratataca e managá. Além de medicinal, a planta pode ser usada com finalidade ornamental, dado beleza das suas flores que assumem tonalidades brancas e roxas.
Propriedades
A partir das substâncias químicas que podem ser encontradas nessa espécie, seu uso pode ser empregado no processo de tratamento e cura de muitas doenças. Porém, antes de incluí-la em qualquer que seja o tratamento, a indicação é que o médico seja consultado.
O manacá possui ação purgativa, diurética, emenagoga, antivenérea, antissifílica e antirreumática. Ela também pode ser empregada no tratamento de reumatismos, artrites, afecções inflamatórias, dores, cólicas menstruais, cãibras, febres, gripes, resfriados e doenças venéreas.
Além de todas essas indicações, o manacá atua como tônico e depurativo do sistema linfático.
Chá de manacá
Uma das formas mais comuns de empregar o manacá no tratamento de algumas das doenças citadas acima é através do preparo do chá. Para isso você vai precisar de 200 ml de água filtrada e uma colher de café de raiz seca. Coloque a água para ferver, em seguida acrescente a parte da planta e desligue o fogo.
Com ajuda de uma tampa, deixe a mistura esfriar por cerca de 10 minutos. Esse tempo é necessário para que a planta libere todas as suas propriedades na bebida. A indicação é que o consumo do chá de manacá seja ingerido entre duas a três vezes ao dia. Porém, é bom consultar o médico antes.
Contraindicações
A planta pode apresentar alguns efeitos colaterais quando consumida em excesso. Entre os principais estão: aumento de evacuações e diarreia pastosa em intestinos com tendência. Pode acarretar ainda um quadro de sensibilização a salicilatos e alterações na coagulação sanguínea.
O consumo excessivo pode causar ainda salivação, vertigem, anestesia geral, paralisia parcial da face, edema da língua e visão embaçada. Quando acontecer a ingestão de altas doses, procure um médico que deverá, além das medidas usuais para intoxicação, fazer um tratamento sintomático e monitoramento de funções.