Escrito por em 14/01/2016

A chamada Medicina Tradicional Chinesa (MTC), é uma ciência milenar com mais de quatro mil anos de antiguidade. Apesar disso, só chegou ao Ocidente há pouco tempo, por volta dos anos 1930. Documentos históricos e relíquias fazem crer que a Acupuntura, uma das artes dessa medicina, tem origens que remontam ao período Neolítico. O registro mais antigo escrito sobre a MTC data do século XI a.C.

O princípio básico que calca a teoria principal da MTC é o de que todos são dotados de uma energia vital, denominada chi ou qi, que circula por todo o corpo através de canais, chamados de meridianos. Esses canais possuem ramificações que conectam todos os órgãos. Ainda abrange os conceitos de yin/yang e a teoria dos cinco elementos.

Pelo mundo

A partir dos anos 1970, a Organização Mundial de Saúde (OMS), começou enfim a prestar maior atenção aos êxitos alcançados pela China na solução de problemas de saúde. Desse modo, em 1975, criou-se o Programa de Promoção e Desenvolvimento das Medicinas Tradicionais.

Atualmente, a MTC tem ganhado cada vez mais seguidores pelo mundo, principalmente pessoas que procuram solucionar problemas para os quais a medicina ortodoxa ocidental não traz alívio. Assim, vários médicos e cientistas das mais diversas universidades e hospitais vêm realizando rigorosos experimentos para comprovar a segurança e eficácia dessas diferentes modalidades terapêuticas.

Bases da Medicina Tradicional Chinesa

A MTC se baseia na ideia de que “não se podem compreender as partes se não entender a relação com a totalidade”. É como se os problemas de uma pessoa e seus sintomas sejam apenas parte de todo um sistema global, esse, sendo o que deve ser analisado. Se apoia em quatro pilares fundamentais: acupuntura e moxibustão (aplicação de calor sob a superfície cutânea), fitoterapia, tuiná (massagem e técnicas manipulativas) e dietética chinesa.

Por dentro do 'universo' da fitoterapia chinesa

Foto: Reprodução/ internet

Uso das plantas

Sem dúvidas, a fitoterapia chinesa é o sistema terapêutico não convencional mais aceito por todos. E também o mais documentado que existe. São cerca de mais de sete mil espécies de plantas medicinais, e dispõe de uma utilização contínua ao longo da história. Além disso, é válido colocar o adendo de que essa medicina não inclui apenas vegetais, mas ainda constam os usos de espécies minerais e substâncias animais.

Como visto, as espécies usadas são inúmeras, mas vamos apresentar dois dos tipos de remédios de valor mais reconhecido.

Astrágalo

Nativo da China, o astrágalo é um dos mais importantes adaptógenos tonificantes. Normalmente é encontrado misturado a outras ervas e tem sido utilizado há milhares de anos para tratar de fraquezas em geral, doenças crônicas e para aumentar a vitalidade. É ainda usado para tratamento de cardiopatias, doenças hepáticas, insuficiências renais, câncer, infecções virais e transtorno do sistema imunológico.

No Ocidente, diversos estudos foram realizados e comprovou-se sua eficácia para estimular as funções do sistema imunológico e ainda mostrou-se um potente antiviral. Estão sendo conduzidas ainda pesquisas para provar sua utilidade como terapia suplementar contra o câncer (especialmente o do fígado) e em doenças cardíacas e renais.

Shiitake

O shiitake é um cogumelo originário do Leste Asiático, e apesar de não ser comum em nossa flora, tem sido cultivado em estufas de diversos países, graças às técnicas mais modernas. É bastante aromático e possui um sabor delicioso, por isso, além da medicina, é utilizado no preparo das mais variadas receitas. Pode ser comercializado fresco ou hidratado.

Há séculos é utilizado como tônico-energético em países como a China, o Japão e a Coreia. No Ocidente, desde alguns anos, estão sendo estudadas suas potencialidades de estimular o sistema imunológico. Graças a essa capacidade, é usado como tratamento complementar à quimioterapia e à radioterapia, com a finalidade de manter mais fortes as defesas do organismo. É seguindo essa linha de raciocínio que esse cogumelo também tem sido incluído em vários compostos experimentais na luta contra a Aids.

ATENÇÃO: Nosso conteúdo é apenas de caráter informativo. Todo procedimento deve ser acompanhado por um médico ou até mesmo ditado por este profissional.

Sobre o autor

Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Unifavip/Wyden. Já publicou artigos e crônicas para sites e jornais. É amante da literatura e da escrita subjetiva.