Escrito por em 10/06/2019 (atualização: 16/01/2021)

Você costuma usar mel no chá? Esse é um costume bastante comum, ainda mais quando se leva em consideração as propriedades encontradas no mel.

Popularmente, acredita-se que o mel é um importante agente contra infecções, inflamações e contra problemas estomacais.

Além disso, ele é bastante rico nutricionalmente, fazendo com que seja considerado o substituto mais saudável para o açúcar, inclusive para diabéticos.

No entanto, será que vale a pena trocar o açúcar ou outro adoçante pelo mel na hora de adoçar os chás?

Continue lendo, pois o Chá Benefícios preparou um artigo completo para ajudar você a descobrir a resposta para essa pergunta e ainda saber quais os principais benefícios do mel para a saúde.

Afinal, vale a pena usar mel no chá?

Sim, o mel é um alimento bastante nutritivo e saudável e por isso você pode usá-lo para adoçar o seu chá favorito. Além de que ele possui um sabor característico, sendo ideal para infusões com sabores mais amargos. (1)

Mel, chá e limão

Além de saboroso, o mel traz diversos benefícios para o organismo (Foto: depositphotos)

Compostos fitoquímicos como ácidos fenólicos e flavonoides, ácido ascórbico, carotenoides, aminoácidos e proteínas também são encontrados em pequenas quantidades no adoçante. (2)

O conjunto desses e outros compostos fazem com que o mel traga vários benefícios para a saúde e você descobrirá sete deles a seguir. Confira!

Evita e trata infecções

O mel possui fortes propriedades bactericidas, antifúngicas e antivirais. Isso faz com que ele seja bastante eficaz na prevenção e tratamento de diversos tipos de infecções, principalmente as que atingem o trato respiratório.

Sendo assim, ele é empregado com frequência em tratamentos caseiros contra a gripe. (3, 4)

Isso acontece porque o alimento apresenta uma ação semelhante a dos antibióticos. Inclusive, pode combater bactérias que criaram resistências a esse tipo de medicamento. (5)

Protege o organismo

Além de ajudar a prevenir infecções, o consumo de mel também protege o organismo contra os danos causados pelos radicais livres. Isso porque, ele é rico em diversas substâncias conhecidas como antioxidantes.

No organismo, elas evitam a ação dos radicais, que são produzidos pelo próprio corpo, mas trazem uma série de malefícios para a saúde. Entre eles estão o maior risco de desenvolver câncer, doenças cardíacas, inflamações e problemas crônicos. (6)

Possui mais nutrientes que o açúcar

Cada colher (de sopa) de mel contém vitaminas como o ácido ascórbico, conhecido como vitamina C, tiamina, riboflavina, piridoxina, ácido pantotênico, biotina e ainda ácido fólico.

Além de ter cerca de 80% da sua composição formada por frutose, sacarose ou glicose, açúcares naturais que proporcionam mais energia ao corpo. (7) O adoçante também é rico em minerais, os principais são: cálcio, ferro, potássio, magnésio, fósforo e selênio. (8)

Essa composição faz dele uma alternativa mais saudável do que o açúcar branco, que não possui propriedades nutricionais. Motivo pelo qual é chamado de produto com calorias vazias.

Fortalece o sistema imunológico

Consumir mel no chá também pode ser uma ótima maneira de aumentar a imunidade do organismo de maneira natural. Isso porque, o alimento estimula a multiplicação das principais células de defesa, graças a vitamina C.

Na prática, isso faz com que o corpo consiga se defender melhor contra ataques externos e mutações, que acontecem com frequência no interior das células.

O mel também garante um suprimento de glicose, substância essencial para a respiração celular. Além de ser utilizado para produzir o peróxido de hidrogênio, principal arma dos macrófagos contra infecções. (9)

É um calmante e relaxante natural

Você já se sentiu bem mais relaxado após tomar uma xícara bem quente de chá com mel? Pois saiba que isso acontece porque o alimento possui um leve efeito sedativo, que ajuda a relaxar e acalmar.

Esse efeito deriva da ação dos compostos fitoquímicos encontrados no mel, que agem diretamente no sistema nervoso central. Lá, eles estimulam a produção de substâncias que induzem ao sono e sensação de bem-estar.

Portanto, tomar chá com mel antes de ir para a cama é a receita certa para um sono tranquilo, especialmente se for um chá calmante. (3)

Protege o trato gastrointestinal

Por causa do efeito bactericida o mel consegue combater diversos tipos de bactérias causadoras de problemas gastrointestinais. Uma delas é a Helicobacter pylori, que é a causadora de úlceras estomacais. (3)

O alimento também combate bactérias que causam infecções intestinais e podem causar diarreia. Além de servir como uma forma de nutrição, por conter um alto nível de açúcares.

Assim, ajuda a prevenir a desidratação, que é uma complicação comum derivada da perda de líquido corporal durante a diarreia. (10)

Opção mais saudável para diabéticos

O mel é um adoçante natural que pode ser utilizado por diabéticos do tipo II, que é quando o corpo não produz insulina suficiente. No entanto, é preciso ser utilizado em quantidades moderadas.

Isso porque, ele é formado basicamente por frutose, um tipo de açúcar que é absorvido de maneira mais lenta pelo organismo.

Como resultado, a substância é liberada em pequenas quantidades na corrente sanguínea. O contrário do que acontece com a glucose, que é absorvida rapidamente e aumenta de maneira drástica os níveis de açúcar no sangue. (10)

No entanto, mesmo que o mel seja liberado, é importante prestar atenção às quantidades ingeridas ao longo do dia, uma vez que ele é formado por 80% de açúcares e é rico em carboidratos. (7)

Dessa forma, em grandes quantidades ele também é considerado perigoso para quem sofre de diabetes e outras doenças que têm restrição de açúcar.

Mel engorda?

Sim, quando consumido em grandes quantidades, pois é rico em carboidratos e açúcares. (7) Isso faz com que ele seja bastante calórico, com cada xícara contendo cerca de mil calorias. (8)

Desse modo, comer uma ou duas colheres ao dia, quantidade que garante uma ingestão média de 100 calorias do alimento, não faz mal e é bastante saudável.

Já ingerir em quantidades maiores pode proporcionar um ganho de peso exagerado e ainda trazer consequências para a saúde, como o aumento da glicemia, por exemplo. (1)

Como usar o mel no chá?

O ideal é usar uma colher (de sopa) de mel para cada xícara de chá. Essa quantidade é o suficiente para adoçar a bebida, proporciona apenas 61 calorias e os diversos benefícios desse adoçante.

O mel é um alimento mais doce que o açúcar. Portanto, é preciso usar menos dele para adoçar e acaba-se consumindo pequenas quantidades ao longo do dia. O que é uma vantagem para quem deseja perder peso, pois diminui a ingestão calórica. (1)

Quais os cuidados e contraindicações?

O mel não deve ser oferecido à crianças menores de um ano em nenhuma hipótese, devido ao alto de risco de contaminação por botulismo. Essa proibição acontece pois até essa idade a flora intestinal, bactérias que vivem no intestino e protege o organismo, ainda não está totalmente desenvolvida.

O mel é também um alimento que apresenta diversos microrganismos em pequenas quantidades, que aproveitam o meio com baixo pH e muito açúcar para se multiplicar. Entre eles podem estar os esporos do botulismo, que não são eliminados totalmente nem no processo de cozimento.

Algumas pessoas também podem ter reações alérgicas ao usar o mel,  que podem estar relacionadas ao pólen utilizado pelas abelhas ou as proteínas que os insetos secretam durante a produção. (9)

Por fim, não se deve usar mel no chá em grandes quantidades. Pequenas porções do alimento já são suficientes para adoçar e limitam as calorias e carboidratos ingeridos diariamente. (1)

Referências científicas

(1) NORDQVIST, Joseph. “Everything you need to know about honey“. [2018]. Disponível em: https://www.medicalnewstoday.com/articles/264667.php. Acesso em 4 de junho de 2019.

(2) VIUDA-MARTOS, V. et al. “Functional Properties of Honey, Propolis and Royal Jelly“. Journal of Food Science, v.73, n.9, p.117-124, [2008]. Disponível em: https://doi.org/10.1111/j.1750-3841.2008.00966.x. Acesso em 4 de junho de 2019.

(3) KUMAR, K. P. Sampath et al. “Medicinal uses and health benefits of Honey: An Overview“. Journal of Chemical and Pharmaceutical Research, v.2, n.1, p.385-395, [2010]. Disponível em: http://www.jocpr.com/abstract/medicinal-uses-and-health-benefits-of-honey-an-overview-55.html. Acesso em 4 de junho de 2019.

(4) KHAN, Ishan Ullah; DUBEY, Widhi; GUPTA, Vedprakash. “Medicinal Properties of honey: a review“. International Journal of pure & applied bioscience, v.2, n.5, p.149-156, [2014]. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/…/2f7ac5257ad1ef18d168db8a5. Acesso em 4 de junho de 2019.

(5) MANDAL, Manisha Deb; MANDAL, Shyamapada. “Honey: its medicinal property and antibacterial activity“. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine, v.1, n.2, p.154-160, abril de 2011. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1016%2FS2221-1691(11)60016-6. Acesso em 4 de junho de 2019.

(6) CORTÉS, Manuel E; VIGIL, Pilar; MONTENEGRO, Gloria. “The medicinal value of honey: a review on its benefits to human health, with a special focus on its effects on glycemic regulation“. Ciencia e Investigación Agraria, v.38, n.2, p.303-317, [2011]. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5386638.pdf. Acesso em 4 de junho de 2019.

(7) APARNA, A.R; RAJALAKSHMI, D. “Honey—its characteristics, sensory aspects, and applications“. Food Reviews International, v. 14, n. 5, p.455-471, [1999]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/87559129909541199. Acesso em 4 de junho de 2019.

(8) NutritionData. “Honey“. Disponível em: https://nutritiondata.self.com/facts/sweets/5568/2. Acesso em 4 de junho de 2019.

(9) MANYI-LOH, Christy E. et al. “An overview of honey: Therapeutic properties and contribution in nutrition and human health“. African Journal of Microbiology Research, v.5, n.8, p.844-852, abril de 2011. Disponível em: 10.5897/AJMR10.008. Acesso em 4 de junho de 2019.

(10) JEFFREY, Amy E; ECHAZARRETA, Carlos M. “Medical uses of honey“. Research on Biomedical Engineering, v.7, p.43-49, [1996]. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/242582595_Medical_uses_of_honey. Acesso em 4 de junho.

ATENÇÃO: Nosso conteúdo é apenas de caráter informativo. Todo procedimento deve ser acompanhado por um médico ou até mesmo ditado por este profissional.

Sobre o autor

Jornalista com formação completa no curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo (UniFavip-DeVry). Experiência prática de dois anos em produção jornalística para TV e rádio (Mtb-PE: 6770). Atualmente atua na área de redação para web, nas áreas de educação, beleza e saúde alternativa. Além da formação no curso superior, possui experiência em produção de vídeo, diagramação de livros e revistas e marketing.