Escrito por em 05/12/2016 (atualização: 12/01/2017)

A história desta planta brasileira é, no mínimo, curiosa. Isto porque, além de ter as cascas da árvore utilizadas pelos índios como tintura, o barbatimão também era usado por prostitutas.

Este uso se justificava pela cor da tintura que a planta dava, o vermelho, sendo utilizado para fingir a virgindade. Por esta razão, árvore ficou popularmente conhecida como “casca da virgindade”.

Encontrada em várias regiões do Brasil, desde o Amapá até o Paraná, a planta tem o nome de origem indígena. Assim, barbatimão deriva de Iba Timbó e significa “árvore que aperta”, justamente pela tintura que é expelida de sua casca quando ela é espremida. Mas, além de ser utilizada pelos índios em rituais, para pintar o corpo, a planta também tem propriedades medicinais e pode servir para eliminar problemas de saúde.

Chá de barbatimão: planta brasileira combate a anemia

Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Propriedades e benefícios desta planta

  • Adstringente;
  • Anti-hemorrágica;
  • Antisséptica;
  • Antibacteriana;
  • Antiblenorrágica;
  • Antidiabética;
  • Antidiarreica;
  • Antiescorbútica;
  • Antileucorreica;
  • Cicatrizante;
  • Coagulante sanguíneo;
  • Diurética;
  • Emética;
  • Hipotensora;
  • Oftálmica;
  • Tônica.

Os benefícios do barbatimão estão divididos de acordo com o material utilizado. Por exemplo, se as cascas forem utilizadas a planta pode auxiliar o tratamento de doenças na pele, úlceras, afecções na garganta, anemias, diarreia, hemoptises, gastrite, câncer e diabetes. Além disso, pode atuar no combate corrimento vaginal, gonorreia, catarro uretral e vaginal, leucorreia e hemorragia uterina.

Já se as folhas forem utilizadas, é possível ter uma ação tônica no corpo, aumentando a vitalidade dos tecidos e deixando o organismo ainda mais revigorante. Além deste benefício, as folhas atuam aumentando a produção de urina e combatem a hérnia.

Como usar o barbatimão?

É possível usar tanto as cascas como as folhas para preparar o chá de barbatimão, porém não se deve ingerir nenhuma das duas receitas. Assim como também não se deve utilizar seus frutos, pois são venenosos. Isto porque, ambas são utilizadas de forma utópica e externamente. Além disso, vale ressaltar que a planta não deve ser usada sozinhas nas receitas, mas sim misturada a outras ervas que somam benefícios juntas.

Receita 1

  • 1 litro de água;
  • 1 xícara (de chá) das cascas de barbatimão;
  • 1 xícara (de chá) das raízes do algodoeiro;
  • 1 xícara (de chá) de quiabo ainda verde.

Leve todos os ingredientes para o fogo e deixe ferver por 15 minutos. Após o tempo determinado, desligue o fogo e coe o líquido com o auxílio de um pano bem fino, ao invés da peneira. Em seguida, é só realizar banhos com esse preparo diariamente, mas apenas uma vez por dia.

Receita 2

  • 1 colher (de sopa) de casca picada;
  • 2 folhas cortadas de confrei;
  • Meio litro de água em fervura.

Misture todos os ingredientes e tampe o recipiente por 10 minutos. Depois, coe o líquido e use o chá nas localidades com ferimentos. Repita as lavagens três vezes ao dia, até obter bons resultados.

ATENÇÃO: Nosso conteúdo é apenas de caráter informativo. Todo procedimento deve ser acompanhado por um médico ou até mesmo ditado por este profissional.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.